Estava a dar uma olhada pelo conteudo do meu blog ( que tem sido pouco, eu sei) e apercebi-me que não disse mais nada sobre a minha entrada na uni. Shame on me, sei que estavam desertos por saber (trololololol. alguém lê isto sequer? -.-' )
Para os interessados, estou na terceira semana do MICF da Universidade do Porto. Entrei na primeira fase e mantive-me na segunda.
Tenho quimica, muita quimica. E biologia e matemática e física. E química também. Estou a gostar, mais do que o que contava e é um excelente curso. Ainda não decidi se fique. I get easily bored. Não é que não goste disto. Até da praxe gosto. Muito. E detesto-a às vezes. Mas gosto dela. E neste momento estou sem voz, passei o fim-de-semana doente e ontem andei em praxe até às quatro da manhã. E é de 4, de 3, de cócoras, aos berros, a cantar e se não tens voz berras mais alto. Porque é assim.
E de tanto berrares a plenos pulmões que amas farmácia começas a gostar mesmo disto. E tudo aquilo que os doutores dizem, sobre o orgulho que temos de ter em nós e na academia, começa a fazer sentido. E é bonito.
Agora, eu evito tomar medicamentos, chamo placebos a metade deles e tenho um pequeno ódio de estimação à industria farmaceutica desde que vi o "Constance Gardener" (por acaso já tinha antes, mas depois do filme ficou mais justificado).
E fica sempre aquele sentimento de que estou a tirar o lugar a alguém que queria mesmo muito isto.
Mas estou a gostar. Estou positiva sobre isto e até ontem estava muito feliz com o curso.
E depois, vi gente a deprimir. Passo a explicar, sei que se passa algo de muito errado com o mundo quando sou a pessoa mais optimista numa sala. Não é normal. Não é nada normal. Eu sou o tipo de pessoas que se perde, espeta, bate nas coisas, que não passa escolhas multiplas para a folha de exame nos exames nacionais. Que entre duas opções faz sempre a errada. Habituei-me a ser assim, e conclui que não vale a pena deprimir. Mas não sou positiva. Espero sempre pelo melhor, mas sei que ele não vem. Agora imaginem o que é eu ser a pessoa mais positiva.
Dito isto, peço desculpa. O texto não está logico. Não escrevo há que tempos e a minha cabeça é uma confusão de ideias e de sentimentos que querem ser transcritos para o papel. Não é bonito.
E tenho sono. Não dormi sequer 4 horas e amanhã tenho uma festa da faculdade. E sexta de manhã teóricas. E tenho que estudar código, e muito. E passar cadernos a limpo, fazer exercícios, arrumar o quarto. E queria por em dia as minhas séries e os meus filmes. E queria que a cabeça não me doesse e conseguisse manter uma linha lógica de pensamento por mais de 5 minutos.
E queria parar de ter fome, porque hoje passei o dia a comer e não queria nada voltar o engordar os quilos que perdi nas duas primeiras semanas no Porto.
Acho que no fundo parte do meu mal são as saudades. À pessoas que nunca deviam ser autorizadas a deixar-nos. Nunca, nunca, nunca. Amo farmácia, e gosto de todos os meus coleguinhas caloiros. Mas ainda muito se vai ter de passar para eles serem como aquelas pessoas. Pessoas fofas fofas fofas que te conhecem melhor que tu próprio. Em quem confias mais que em ti próprio. Nas quais passas o dia a pensar e queres ter sempre contigo.
E tenho coleguinhas fofos. Mesmo, mas para já sao colegas, e nesta fase da vida uma pessoa precisa é dos amigos.
E doi-me a garganta, não tenho mais voz, e doi-me a cabeça, não tenho mais sono. E tenho mesmo tosse. E aquele tipo de fome que se tem quando de está a deprimir. E a culpa não sei de quem é, só sei que se as pessoas estivessem mais felizes eu era feliz. Sou parva. Sou assim